Quem decidia o caminho a seguir eram as palavras e sons, que desenhando cornucópias e espirais, o levavam para um outro lugar. Ali as palavras não se juntavam para fazer sentido. Os sentimentos existiam por si só, sem qualquer definição, não existindo prateleiras ou gavetas onde pudessem ser arrumados. Eram, antes de qualquer outra coisa, livres.
"Carpe diem", a célebre frase, que convidava ao aproveitamento de cada momento, fazia agora todo o sentido. Afinal era a única forma de não perder aquilo que conquistara. Estava decidido a dar tempo ao tempo. Queria matar o passado e perder a vontade de antecipar o futuro. Iria finalmente viver o presente e tirar o que de melhor ele poderia oferecer.
p.s- Depois do comentário do Génio Louro, não poderia deixar de completar este post com o comment dele:
"O original é "carpe diem, sed crede in postero diem". Aproveita o dia, mas acredita no dia de amanhã. E assim podemos ter sempre a esperança que o amanhã vai repetir o que mais de mágico teve o hoje. Porque há momentos que queremos repetidos, uma e outra vez. Ad infinitum. Ad nauseam. "