o MeU eU e Os OuTrOs EuS (eL mEu Jo I eLs AlTrEs JoS)

dezembro 17, 2007


Deseo, Peligro de Ang Lee

"Shanghai, 1942. La ciudad está ocupada por los japoneses.
La Sra. Mak, una mujer sofisticada y adinerada, entra en un café, hace una llamada y se sienta a esperar. Recuerda cómo empezó todo hace unos años, en la China de 1938.

En realidad no se llama Sra. Mak, sino Wong Chia Chi. Un poco antes de la II Guerra Mundial su padre huyó a Inglaterra, dejándola en China. Era estudiante universitaria y conoció a Kuang Yu Min, que acababa de fundar una sociedad teatral para fomentar el patriotismo.

Wong Chia Chi se convirtió en la primera actriz de la compañía y descubrió que era capaz de conmover al público y a Kuang. Este último convenció a un grupo de estudiantes para llevar a cabo un ambicioso plan para asesinar a un importante colaborador de los japoneses, el Sr. Yee.

Asignó un papel a cada estudiante: Wong Chia Chi era la Sra. Mak, que debía ganarse la confianza del Sr. Yee haciéndose amiga de su mujer para acabar seduciéndolo. "- in elmundo.es
Espionagem, violência, sexo e amor. Quatro ingredientes responsáveis pelo sucesso conquistado pela longa metragem de Ang Lee no certame de Veneza, valendo-lhe pela segunda vez o Leão de Ouro.

À primeira vista um enredo pouco original, mais uma história de espionagem em que os protagonistas acabam por sucumbir ao perigoso jogo do desejo. Basta porém, deixar-se emergir pelos primeiros minutos desta obra para perceber que Lust, Caution (título em inglês) tem muito mais a oferecer.

A nova película do realizador tailandês presenteia-nos com uma fotografia irrepreensível, que juntamente com o guarda-roupa, cenografia e envolvente banda sonora, nos transportam para o ambiente que se viveria naquela cidade ocupada pelas tropas japonesas.

De destacar, a forma como Ang Lee retrata a tensão entre os vários personagens dando especial atenção ao jogo de olhares que transparecem aqueles que são os verdadeiros protagonistas deste filme: a cumplicidade, o medo, o desejo e por fim o amor proíbido.
Tendo como inspiração o romance de Zhang Ailing, o cineasta procura manter-se fiel à forma como a escritora vê a interpretação: como algo de natureza animal e brutal. É segundo este princípio que os personagens à semelhança dos animais utilizam camuflagens para escapar aos seus inimigos e atrair a suas presas.
O sexo aparece nesta obra de forma mais explícita e presente, chegando mesmo a obrigar Ang Lee a criar uma segunda versão para a república chinesa. Uma versão mais retalhada, na qual a violência e as cenas íntimas não têm lugar. Felizmente longe vão os tempos da nossa censura, já que estas cenas, também catalogadas pelo mercado norte-americano de "pornográficas", em muito contribuiem para a maestria desta obra.
Como afirmou o próprio realizador em entrevista ao jornal "El Periódico" o sucesso está na entrega total dos actores que se despojaram em todos os sentidos, sentindo-se como parte orgânica de todo o filme. Afinal, "sem sensualidade não haveria emoção em cinema".
Compartilho na totalidade da visão de Ang Lee, que , na minha opinião, em Lust, Caution consegue retratar o desejo de uma forma que até hoje nunca havia sido feita. Pornografia ou erotismo? Sinceramente, como dizem por estas terras: "!me da igual¡!. A não perder!