o MeU eU e Os OuTrOs EuS (eL mEu Jo I eLs AlTrEs JoS)

abril 05, 2011

Hoje, na véspera do dia em que faço 31 anos, e após vários meses/anos de ausência, fecho este blog. Foi bom tê-los como leitores e receber os vossos comentários. Mais uma porta que se fecha... e uma janela que se abre noutro local onde só o meu eu e os meus outros eus terão acesso. O meu jardim secreto, o jardim onde se escondem as palavras.

dezembro 10, 2009

Caros leitores:

Em primeiro lugar quero agradecer a todos os que vieram até ao meu eu, na esperança de ver um post novo e foram deixando os seus comentários. Muito obrigado pelo vosso carinho!!

Estou a planear voltar muito em breve...por agora, deixo-vos este texto que concerteza já conhecem. Um texto que tem reflexões muito acertadas sobre esta arte de viver.

Um abraço e os desejos de BOAS FESTAS!!!

"Depois de algum tempo aprendes a diferença, a súbtil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma.

E aprendes que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança.

E começas a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas.

E comecas a aceitar as tuas derrotas com a cabeça erguida e os olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.

E
aprendes a construir todas as tuas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair no meio do vão.

Depois de um tempo aprendes que o sol queima se ficar exposto muito tempo.

E aprendes que não importa o quanto te importas, algumas pessoas simplesmente não se importam... e aceitas que não importa o quão boa seja uma pessoa, ela vai magoar-te e tu tens de perdoá-la por isso!

Aprendes que falar pode aliviar dores emocionais.

Descobres que se leva anos para construir confiança e apenas segundos para destrui-la, e que Tu podes fazer coisas num instante, das quais te arrependeras pelo resto da vida.

Aprendes que as verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distância.

Aprendes que o que importa nao é o que tens na vida, mas o que TU és na vida!

E que bons amigos são a familia que nos permitiram escolher.

Aprendes que não tens que mudar de amigos se compreenderes que os amigos mudam, percebes que o teu amigo e TU podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.

Descobres que as pessoas com que mais te importas na vida são tomadas de ti muito depressa, por isso devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pois pode ser a última vez que a vemos.

Aprendes que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós próprios.

Aprendes que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos.

Começas a aprender que não te deves comparar com os outros, mas com o melhor que tu mesmo podes ser.

Descobres que levas muito tempo a tornares-te na pessoa que queres e que o tempo é curto.

Aprendes que não importa onde já chegaste, mas onde vais, mas se tu controlas os teus actos ou eles te controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.

Aprendes que heróis são aqueles que sempre fizeram o que era necessario fazer, enfrentando as consequências.

Aprendes que paciência requer muita prática.

Descobres que algumas vezes a pessoa que esperas que te calque quando cais é umas das poucas que te ajudam a levantar.

Aprendes que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiencia que tiveste e que aprendeste com elas do que com quantos aniversários celebraste.

Aprendes que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são tolices, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.

Aprendes que quando estas com raiva tens o direito de estar, mas isso não te dá o direito de seres cruel!

Descobres que só porque alguém não te ama da maneira que queres que te ame, não significa que essa pessoa não te ame, pois existem pessoas que nos amam, mas não sabem como demonstrar isso.

Aprendes que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém... algumas vezes tens de aprender a perdoar-te a ti mesmo!

Aprendes com a mesma severidade com que julgas, serás em algum momento condenado.

Aprendes que não importa em quantos pedaços o teu coração foi partido, o mundo não pára para que o concertes.

Aprendes que o tempo não é algo que possa voltar para trás. Portanto, planta o teu jardim e decora a tua alma, ao invés de esperares que alguem te traga flores.

E aprendes que realmente podes suportar... que realmente es forte! E que podes ir muito mais longe depois de pensares que nao podes mais... e que realmente a nossa vida tem valor e que tu tens valor diante da vida!

As nossas duvidas sao traidoras e fazem-nos perder o bem que poderiamos conquistar, se nao fosse o medo de tentar."

William Shakespeare

abril 29, 2009

"Lá fora ouvem-se os gritos embriagados dos grupos de sexta à noite que na peregrinação pelos bares e discotecas de moda, enganam o frio e dão vida à cidade. Aqui dentro apenas sinto o borbulhar da cafeteira e uma profunda desilusão."

Assim escrevia enquanto se perdia no silêncio da noite. Encontrava-se no mesmo túnel de sempre. Um túnel sem saída, sem qualquer luz ao fundo. Sentia que a cada minuto que passava se desvanecia toda e qualquer esperança que tinha guardado ao longo dos últimos meses. Estava perdido. Sem rumo. Esta era a realidade e o melhor seria enfrentá-la.

Os olhos marejados de lágrimas, que já não conseguia conter, denunciavam o estado em que se encontrava. Olhava-se agora ao espelho. Para onde haviam fugido o sorriso desconcertante e a famosa joie de vivre que o caracterizavam? Será que eram, afinal de contas, instrumentos inventados para construir a sua própria máscara social?

Não o sabia. O único que podia afirmar era que, definitivamente, algo mudara . De há uns tempos para cá, sentia-se deprimido, insatisfeito e como dizia uma das suas ex espanholas: "sin ganas de hacer sea lo que sea."

Utilizando a imagem da primeira psicóloga que o tinha consultado, era como se estivesse "no início de uma espiral que o levaria ao abismo". Sim, Ismael não consultara apenas uma, mas duas psicólogas e um psiquiatra. Da segunda, nem valia a pena falar, recusou-se a tratá-lo "por questões pessoais", recomendando-o a um psiquiatra seu conhecido. Quanto a este último, assustado com as deambulações depressivas do paciente, não hesitou em considerar que "perante um quadro clínico desta gravidade, o melhor seria um internamento imediato em prol da integridade fisíca". Escusado será dizer que não lhe voltou a posar os olhos em cima. Se havia algum lugar de onde Ismael fugia a sete pés era precisamente de um hospital. Afinal, não estava doente, mas sim cansado. Cansado de tudo e de todos.

Os passeios pela praia, as leituras no cimo da montanha, as aulas de guitarra e até o novo curso de árabe deixaram de suscitar-lhe qualquer tipo de interesse. Começou por fechar-se em casa depois do trabalho e a abandonar as habituais saídas e jantares com os amigos. No início ainda lhe ligavam, mas com o passar do tempo desistiram de convidá-lo e esqueceram-se que um dia houvera mais um no grupo de sempre.
Por outro lado, necessitava estar só e por mais que o quisesse explicar, a verdade é que não encontrava qualquer tipo de justificação. E, ainda que se lho ocorresse porque teria que justificá-lo? Em causa estava o seu tempo e cada um tem o direito de ocupá-lo como bem entender. Ainda que seja não fazendo absolutamente nada.

Ismael chegara a uma encruzilhada em que não se podia deixar arrastar pelas marés. Tinha que tomar as rédeas da sua vida. Assumir um papel activo neste cruzeiro. Deixar de ser um simples grumete e aceitar a promoção forçada a comandante. Caso optasse por não o fazer, tinha o naufrágio como certo. E, não estando seguro do que realmente pretendia, o melhor seria não deixar o seu destino nas mãos de terceiros.

Após passar a noite sem dormir, dando voltas e mais voltas e engendrando mil e uma estratégias, resolveu que apenas tinha um caminho a seguir. Deixar tudo o que o aprisionava àquela sensação de desespero e buscar novos horizontes. E quando se referia a buscar novos horizontes, dizia-o literalmente. A primeira coisa que faria seria deslocar-se ao banco para levantar todo o dinheiro que poupara ao longo da sua vida cinzenta e, de seguida, comprar uma passagem sem regresso previsto. O primeiro destino seria a cidade que desde pequeno povoara o seu imaginário. A cidade donde partira o grande Marco Polo. A Sereníssima. (continua)

abril 23, 2009


Resolvi que hoje era um bom dia para voltar a escrever aqui... e porquê hoje?

Porque como há um ano atrás, hj é o famoso Dia de San Jordi (clicar para aceder ao post).

A diferença é que este ano não estou sozinho. Encontrei alguém muito especial com quem poderei passear pelas ruas de Barcelona, com uma rosa e um livro numa mão e na outra mão a sua.

Obrigado Emili, estas rosas são para ti!!!

The greatest thing you'll ever learn is just to love and be loved in return!!